Cirurgia Plástica

Mastectomia por Transtorno de Gênero (Transexualidade)

Definições de Gêneros

Relembre da sua formação pessoal: desde criança você foi ensinado (a) a agir e a ter uma determinada aparência, de acordo com o seu sexo biológico. Se havia ultrassonografia, esse sexo foi determinado antes de você nascer. Se não, foi no seu parto.

Crescemos sendo ensinados que “homens são assim e mulheres são assado”, porque “é da sua natureza” e costumamos realmente observar isso na sociedade.

Para a ciência biológica, o que determina o sexo de uma pessoa é o tamanho das suas células reprodutivas (pequenas: espermatozóides, logo, macho; grandes: óvulos, logo, fêmea) e só. Biologicamente, isso não define o comportamento masculino ou feminino das pessoas: o que faz isso é a cultura, a qual define alguém como masculino ou feminino, e isso muda de acordo com a cultura de que falamos.

Sexo é biológico, gênero é social, construído pelas diferentes culturas. E o gênero vai além do sexo: O que importa, na definição do que é ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital, mas a auto-percepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente.

Ao contrário da crença comum hoje em dia, adotada por algumas vertentes científicas, entende-se que a vivência de um gênero (social, cultural) discordante com o que se esperaria de alguém de um determinado sexo (biológico) é uma questão de identidade e não um transtorno.

Esse é o caso das pessoas conhecidas como travestis, e das transexuais, que são tratadas, coletivamente, como parte do grupo que alguns chamam de “transgênero”, ou mais popularmente, trans.

Em primeiro lugar, é importante destacar que, em termos de gênero, todos os seres humanos podem ser enquadrados (com todas as limitações comuns a qualquer classificação) como transgênero ou “cisgênero”.

Chamamos de cisgênero, ou de “cis”, as pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento. Como já foi comentado anteriormente, nem todas as pessoas são assim, porque, repetindo, há uma diversidade na identificação das pessoas com algum gênero e com o que se considera próprio desse gênero.

Denominamos as pessoas não-cisgênero, as que não são identificam com o gênero que lhes foi determinado, como transgênero ou trans.

A transexualidade é uma questão de identidade. Não é uma doença mental, não é uma perversão sexual, nem é uma doença debilitante ou contagiosa. Não tem nada a ver com orientação sexual, como geralmente se pensa, não é uma escolha nem é um capricho.

Cirurgia de Mastectomia

Esclarecendo alguns aspectos e definições, se torna fundamental e natural  que uma pessoa, presa em um corpo feminino, queira possuir características de do sexo masculino. E isto é possível, graças a cirurgia de mastectomia por gênero.

Apesar de pouco conhecida e divulgada, esta cirurgia já é realizada há vários anos e está se popularizando entre a comunidade TRANS, especialmente após sua realização por alguns atores de TVs.

Para esta cirurgia, é necessário que o paciente entenda que precisa estar com plena certeza, pois se trata de um procedimento irreversível, onde será removida praticamente a totalidade das glândulas mamárias.

Normalmente um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, que atestam a maturidade do paciente quanto a esta decisão, além de um questionamento sobre o histórico com relação à identidade sexual é levado em conta. Antecedentes de terapia de reposição hormonal e depoimentos de familiares e amigos também são questionados. Seja sempre sincero com seu cirurgião.

As técnicas cirúrgicas são variadas e envolvem vários tipos de cicatrizes. Sim, este procedimento gera cicatrizes. E quanto maior as mamas a serem removidas, maiores os cortes e cicatrizes. Eles podem ser periareolares, em raquete, em T invertido, em ferradura ou horizontal. Pode haver ou não, necessidade de enxerto de aréolas. 

Pode ser necessário lipoaspiração da região torácica para melhorar o contorno do tórax. Seu cirurgião irá esclarecer isto durante a consulta.

Uma avaliação pré-operatória bem feita é essencial. Não esconda nada do seu médico, em especial com relação ao tabagismo e uso de medicações e hormônios.

Algumas medicações aumentam os riscos da cirurgia e anestesia. Seja realista em relação ao resultado que pode ser obtido no seu caso. Cada pessoa tem um corpo e não se obtém o mesmo resultado em pessoas diferentes.

Como toda cirurgia há riscos sim. As mais comuns são abertura de pontos, hematomas, infecções, sangramentos, necrose de aréola, seroma, perda e alterações de sensibilidade. Apesar de bastante raro, também pode ocorrer trombose, embolia e óbito. Tire suas duvidas com seu médico.

Para Pensar

Toda mudança em favor da justiça e da igualdade começa quando entendemos melhor quem são as outras pessoas e o que elas vivem, superando mitos e medos.

Sem respeito à identidade de cada um (a), não garantimos a cidadania das pessoas e, silenciosamente, calamos sonhos, esperanças e aumentamos os desafios que as pessoas têm de enfrentar na vida.

A melhor maneira de respeitar e ser respeitado. É compreender as diferenças, sem preconceitos.

REFERÊNCIAS - http://www.diversidadesexual.com.br/wp-content/uploads/2013/04/GÊNERO-CONCEITOS-E-TERMOS.pdf

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