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Incontinência urinária feminina

O que é incontinência urinária?

É definida como “qualquer perda involuntária de urina com prejuízo na qualidade de vida, seja social ou higiênico” (International Continence Society -ICS).

Em qual faixa etária pode ocorrer?

Pode acometer mulheres em todas as faixas etárias, incluindo a infância (após o período de controle esfincteriano) mas é mais frequente em pacientes no período peri e pós menopausa, entre 40-60 anos, com prevalência, no Brasil, variando de 42 a 61%.

Quais sintomas podem estar associados à perda de urina?

Mais frequentemente a incontinência urinária pode ser classificada como:

  • Incontinência urinária aos esforços: perda durante realização de algum esforço físico, seja ele leve, como caminhadas, seja intenso, como espirros.
  • Incontinência urinária de urgência: perda durante sensação de urgência, isto é, uma sensação súbita e intensa de urinar. As pacientes podem também apresentar aumento da frequência urinária tanto no período da manhã como noturno, podendo acordar diversas vezes para ir ao banheiro ou apresentando perda durante o sono.
  • Incontinência urinária mista: sintomas da incontinência aos esforços associado aos sintomas de urgência, citados anteriormente.

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de incontinência urinária?

A IU pode ter diferentes causas, com fatores predisponentes diversos, tais como:

  • número de gestações,
  • número de partos (o parto vaginal pode trazer mais lesões ao assoalho pélvico, porém o parto cesariana pode também estar associado à incontinência urinária),
  • idade avançada e condição pós menopausal,
  • elevado índice de massa corporal (IMC),
  • constipação intestinal crônica,
  • tosse crônica, tabagismo,
  • alterações metabólicas (ex. Diabetes mellitus) e neurológicas (ex.epilepsia, pós AVC, Pós trauma raquimedular),
  • Medicamentos,
  • Procedimentos cirúrgicos pélvicos/ perineais.

E qual seria o tratamento?                                                           

Vale salientar que mudanças no estilo de vida, como perda de peso e exercício físico, alimentação saudável evitando corantes, acidulantes, alimentos cítricos, cafeína, cessar o tabagismo, tratar doenças crônicas adequadamente (ex. diabetes mellitus, doenças neurológicas) ter um hábito intestinal diário e miccional adequado, são medidas essenciais para melhora do quadro de incontinência urinária.

Os demais tratamentos (fisioterapia, uso de medicações e/ou tratamento cirúrgico) devem ser discutidos, a depender do tipo de perda e resultados de exames, com o médico especialista. O importante é o diagnóstico correto e tratamento precoce, evitando assim complicações e impacto negativo na qualidade de vida das pacientes.

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